segunda-feira, 18 de maio de 2020

Português 7 ano A - Professora Thiara - Aula 02

7º ano A

 

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA – Parte I

 

A língua é viva!

A Língua Portuguesa, é viva, vai modificando ao longo dos tempos, pois os seus falantes, também vão mudando conforme o passar dos tempos. Esse acompanhar de um povo ao longo dos tempos, expressa a maneira de organizar o mundo em nomes e estruturas lingüísticas, mudando e reinventando-se com as pessoas.

As transformações acontecem nas ruas e nos prédios de grandes instituições, na linguagem dos sermões, das palestras, dos discursos de políticos e advogados (com seus vocabulários tão particulares). As mudanças também ocorrem na escrita, seja aquela feita com a ponta do lápis, na máquina de escrever ou no computador. Das poesias aos documentos, nada permanece igual por muito tempo. Existem as alterações que vêm naturalmente e ainda as que são determinadas por lei, como é o caso do Acordo de Unificação Ortográfica, elaborado em 1990 e recentemente ratificado pelo Brasil, que pretende aproximar as maneiras de escrever de todos os países que têm o Português como idioma oficial.

Por que muda?

"Mudanças são inevitáveis", afirma Marcos Bagno, escritor e professor de Lingüística na Universidade de Brasília. A Língua Portuguesa deste texto que você lê, é a usada no Brasil, no século 21, em 2020, bem diferente do Português falado na década de 1940 e em épocas anteriores. Um dos agentes de mudança  é a forma como se processa a língua na hora de falar, seja por analogia ou por metáforas.

Como funciona com os jovens?

O melhor exemplo é a linguagem usada na internet, o internetês, sempre se usou abreviações, mas a internet traz uma gama de abreviações improváveis para os mais velhos, mas funciona muito bem para os adolescentes.

Mas é importante que saibam ondem usar esse tipo de linguagem. Desde que todos os  estudantes reflitam sobre essa forma de escrita e saibam que o local para praticar a criação é exclusivamente na internet

                               Ficou difícil bebê ... Se Liga na Vídeo aula então !!!  São duas Vídeos Aula gracinha !!! 




VARIAÇÃO LINGUÍSTICA – Parte II

Tipos de variações linguísticas – Saiba os tipos e quando e onde usar!

·         Variação Linguística de sotaque, dialeto, geográfica – diz respeito do lugar onde a pessoa é. Variação Regional  ou Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió 

Para pior pió

Para telha dizem teia

Para telhado dizem teiado

E vão fazendo telhados

(Oswald de Andrade - Literatura comentada. São Paulo, Nova Cultural, 1988)

 

vejamos outros exemplos: 

Assalto Nordestino:

"Ei, bixim... Isso é um assalto... Arriba os braços e num se bula nem faça munganga... Passa vexado o dinheiro senão eu planto a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora... Perdão meu Padim Ciço, mas é que eu tô com uma fome da moléstia..."

Assaltante Mineiro:

"Ô sô, prestenção... Isso é um assartin, uai... Levanto os braço e fica quetin quesse trem na minha mão tá cheio de bala... Ói, passa logo os trocado que eu num tô bão hoje... Vai andando, uai, tá esperando o que, meu fi."

Assaltante Gaúcho:

"O gurí, ficas atento... Báh, isso é um assalto... Levantas os braços e te aquieta, tchê! Não tente nada e tome cuidado que esse facão corta que é uma barbaridade! Passa os pilas prá cá! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala!!"

Assaltante Carioca:

"Seguiiiinnte, bicho... Tu se “lascou” isso é um assalto... Aí, passa a grana e levanta os braços rapá... Não fica de bobeira que eu atiro bem pa “caramba” Vai andando e se olhar pra trás vira presunto..."

Assaltante Baiano:

"Ô meu rei...(longa pausa)... isso é um assalto... Levanta os braços, mas não se avexe não...(outra pausa) Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado... Vai passando a grana (pausa), bem devagarinho... Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado... Não esquento, meu irmãozinho, vou deixar teus documentos na próxima encruzilhada...”

Assaltante Paulista:

"Ôrra, meu... Isso é um assalto, meu... Alevanta os braços, meu... Passa a grana logo, meu... Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pa comprar o ingresso do jogo do Curintia, meu... Pô, se manda, mano..."

 

·         Linguagem culta ou padrão – é aquela que devemos aprender na escola, nos livros, que está nos dicionários, ou seja:

Ensinada nas escolas; obediência às normas gramaticais.

 

·         Linguagem informal, do dia a dia, despreocupada das regras gramaticais. É a língua do cotidiano; situações familiares ou entre amigos; ou popular

Pronominais

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco

Da Nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro.

(Oswald de Andrade ANDRADE, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972)

 

·         Variação Histórica, é aquela que muda conforme os tempos vão mudando, emnbora o texto abaixo seja muito distante, em relação ao tempo em que foi escrita, se prestarmos atenção nela podemos entender. Ocorre em um determinado período de tempo; mudanças de grafia ou de significado.

 

“De ponta a ponta, é tudo praia...

Muito chã e muito formosa.

Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata...

Porém a terra em si é de muitos bons ares, assim frios e temperados...

Águas são muitas; infindas.

E em tal maneira é graciosa, que querendo-a aproveitar,

dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem (...)

 (A Carta de Pero Vaz de Caminha)

 

·         Variação Social ou cultural: Jargões, ligada aos grupos sociais e ao grau de instrução de uma determinada pessoa; Jargão: expressão ou palavra comum a um grupo de profissionais.

·         Variação Social ou cultural: Gírias, linguagem de caráter popular, criada e usada por determinados grupos, habilidade que os falantes possuem de adaptar a linguagem de acordo com a necessidade do momento, variedade padrão ou a variedade popular, também conhecida como linguagem coloquial. É uma adequação Linguística.

 

Gerente:

— Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?

Cliente:

— Estou interessado em financiamento para compra de veículo.

Gerente:

— Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?

Cliente:

— Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.

Gerente: — Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.

(BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).)


Não entendeu nada bebe tem a vídeo aula Não Infarta não !!! 



Vamos praticar?

 1. Marque a alternativa correta:

a) variação regional é aquela que sofre mudanças ao longo do tempo.

b) variação regional ocorre de acordo com a cultura de determinada região.

c) variação regional é a linguagem utilizada por pessoas de maior prestigio social.

d) variação regional é a linguagem utilizada pelos cantores de rap.

 

2. “Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio." (Carlos Drummond de Andrade)

Após a leitura do trecho acima, marque as palavras que estão em dususo.

a) Antigamente, geral, moças

b) arrastando, longos, anos

c) mademoiselles, prendadas, janotas

d) dezoito, completavam, debaixo

 

 

3. Evanildo Bechara (professor e gramático) defende que o aluno deva ser poliglota em sua própria língua.

“Ninguém vai a praia de fraque ou de chinelo ao municipal”. A afirmativa que melhor define o que Bechara quis dizer é:

a) Devemos usar sempre a variedade formal.

b) Precisamos conheceras variantes linguísticas, mas não usar gírias.

c) Precisamos entender as variações existentes no Português para poder fazer uso adequado.

d) Precisamos falar várias línguas.

 

4. Leia a letra da música “Saudosa maloca” e depois responda:

“Si o senhor não “tá” lembrado

Dá licença de “conta”

Que aqui onde agora está

Esse adifício arto

Era uma casa véia

Um palacete assobradado

Foi aqui seu moço

Que eu, Mato Grosso e o Joca

Construímos nossa maloca

Mas um dia, nóis nem pode se alembrá

Veio os homis c'as ferramentas

O dono mandô derrubá (...)”

A letra dessa música é um exemplo de linguagem:

a) culta ou padrão

b) popular ou coloquial

c) jargão

d) formal

 

5.“Iscute o que tô dizendo.

Seu dotô, seu coroné:

De fome tão padecendo.

Meus fio e minha muié”

(Patativa do Assaré)

A partir da análise da linguagem utilizada no poema, infere-se que o eu lírico revela-se como falante de uma variedade linguística específica. Esse falante em seu grupo social, é identificado como um falante:

a) escolarizada proveniente de uma metrópole

b) estrangeiro que imigrou para uma comunidade do sul do país

c) idoso que habita numa comunidade urbana

d) escolarizado que habita uma comunidade do interior do país

e) sertanejo morador de uma área rural

 É importante frisar que é indispensável conhecer a norma padrão, pois é ela quem vai abrir as melhores portas do conhecimento e aprendizado!!

 


Pô professora, até assisti a vídeo aula e fiz as atividades, mas não lembro os benditos tipos te de texto, NÃO TEM PROBLEMA, professor já prevenido daquele EU NÃO LEMBRO NADA!! EU NÃO ENTENDI NADA !!! Segue a recordação !!! 


Tipos de Textos

Os tipos de textos, são classificados de acordo com sua estrutura, objetivo e finalidade. Temos cinco tipos diferentes                                                 

1. Texto Narrativo / 2. Texto descritivo / 3. Texto Dissertativo / 4. Texto Expositivo / 4. Texto Injuntivo

 Texto Narrativo

A marca fundamental do Texto Narrativo é a existência de um enredo, do qual se desenvolvem as ações das personagens, marcadas pelo tempo e pelo espaço. Assim, a narração possui um narrador (quem apresenta a trama), as personagens (principais e secundárias), o tempo (cronológico ou psicológico) e o espaço (local que se desenvolve a história). Sua estrutura básica é: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.

Texto Descritivo

O Texto Descritivo expõe apreciações e observações, de modo que indica aspectos, características, detalhes singulares e pormenores, seja de um objeto, lugar, pessoa ou fato.

Dessa maneira, alguns recursos linguísticos relevantes na estruturação dos textos descritivos são: a utilização de adjetivos, verbos de ligações, metáforas e comparações.

Texto Dissertativo

O Texto Dissertativo busca defender uma ideia e, logo, é baseado na argumentação e no desenvolvimento de um tema. Para tanto, sua estrutura é dividida em três partes fundamentais:

        Introdução: define o modelo básico para apresentar uma ideia, tema, assunto.

              Desenvolvimento: explora argumentos contra e a favor. 

            Conclusão: sugere uma nova tese, ou seja, uma nova ideia para concluir sua fundamentação. 

      Os textos dissertativos-argumentativos, além de ser um texto opinativo, buscam persuadir o leitor.

Texto Expositivo

O Texto Expositivo pretende apresentar um tema, a partir de recursos como a conceituação, a definição, a descrição, a comparação, a informação e enumeração. Dessa forma, uma palestra, seminário ou entrevista são consideradas textos expositivos, cujo objetivo central do emissor é explanar, discutir, explicar sobre um assunto. São classificados em: texto informativo-expositivo (transmissão de informações) ou texto expositivo-argumentativo (defesa de opinião sobre um tema). Outros exemplos de textos expositivos são os verbetes de dicionários e as enciclopédias.

Texto Injuntivo

O Texto Injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no método para a realização de algo. Temos como exemplos: uma receita de bolo, bula de remédio, manual de instruções e propagandas.

 Mimimimimimimimi, professora é muita coisa pra ler !!! Se liga na vídeo aula então bebê!! 



Haaaaah que lindinhos vcs pensaram que tinha acabado, que já sabem tudo e não precisa mais nada !!! SQN ... Depois da voltaaaaaaaaaaaa ao mundo em 80 dias que demos, vamos para as atividades de Gêneros textuais!! Leia com Atenção! É pra copiar no caderno?! Nãooooooooo beeeeeemmmmm, é pra ler e responder as questoes!!!!


GÊNERO TEXTUAL – CRÔNICA

 

A Crônica é um tipo de texto narrativo curto, que traz assuntos do dia a dia do cronista (aquele que escreve as crônicas), ele usa assuntos do seu cotidiano e são atemporal, ou seja, uma crônica escrita há 50 anos pode fazer muito sentido nos dias atuais. Além disso a crônica é um texto que contém a opinião do autor do texto e também ele faz uma reflexão a cerca do assunto.

Esse gênero pode ser dissertativo, narrativo, poético, para o autor poderá usar o humor, a irônia e a reflexão. É um texto muito versátil, pois inicialmente ela fazia parte dos jornais, hoje podemos encontrar em vários outros veículos de comunicação, como revistas, blogs, nos canis de esportes, nos programas de entretenimento, e nos livros escolares.

A palavra "chronica", em latim, faz referência ao tempo, à cronologia. Esses textos relatavam de maneira cronológica grandes acontecimentos, como conquistas territoriais e as grandes descobertas.

Os primeiros crônistas brasileiros foram Machado de Assis e José de Alencar, ambos foram escritores de poesias, histórias consagradas e redatores de jornais.

 

Quais são as características de uma crônica?

 Ter como ponto de partida os acontecimentos do dia a dia, como uma ida a padaria, um passeio ao parque, um almoço em família no shopping ou na casa dos avós, assim também como a proximidade que o cronista apresenta com seu leitor, a simplicidade com as palavras na hora de escrever o seu texto, a leveza ou mesmo o impacto na descrição dos fatos.

Normalmente, uma crônica tem poucos personagens e também acontece em um local só, mas é rico em detalhes para que você possa entender bem o que se passa e como acontece. Podemos perceber pelos adjetivos sua opinião e desta opinião podemos refletir sobre aquele assunto.

 

Vejamos agora uma crônica escrita por Walcir Carrasco, O Automóvel:

Quando papai comprou nosso primeiro carro, mamãe decidiu:

- Vou tirar a carta de motorista!

Eu era criança. Não era comum que mulheres dirigissem. Mamãe tinha alma de pioneira. Por exemplo, trabalhava fora, enquanto suas amigas se conformavam em ser donas de casa. Morávamos em uma cidade do interior.A auto escola só tinha um jipe. Começaram as aulas. Comigo no banco de trás, as mãos presas, agarradas na capota. O jipe dava solavancos e rodopiava pelas ruas. O instrutor aterrorizado.

- O breque, o breque! Aperte o breque!

Mamãe se confundia. Enfiava o pé no acelerador. Ela gritava. O instrutor gritava. OS pedestres corriam. Entre as façanhas, arrancou a porta de um Karmann Guia. Na última aula antes do exame arrasou a entrada do mercado municipal. Repetiu duas vezes. Na terceira, o examinador tremia:

- Mais devagar! Assim a senhora enfia o carro em uma árvore.

Surpreendentemente, ganhou a carta. Talvez por terror dos examinadores. Seu idílio automobilístico não durou muito. Papai perdoou o pouco que tinha. Viemos para São Paulo com uma mão na frente e a outra atrás. Carro? Nem pensar. Ficou mais de dez anos sem dirigir. A vida melhorou. Minha cunhada ofereceu o volante.

- Só para ter o gostinho.

Entrou atrás de um caminhão parado. Mais uma temporada de exílio. Papai se recuperou montando um estacionamento. Todas as manhãs, lá estava mamãe, gordinha, de chapéu de homem na cabeça, dando ordens aos manobristas.

- Á direita! Vira... vai que dá, vai que dá!

Só havia uma condição. Não fazer manobras ela mesma. Seria impossível pagar os prejuízos. O incrível é que papai não gostava de dirigir. Desistiu de ter automóvel. Mamãe olhava os modelos. Sonhava. Mudaram-se para Santos. Tempos depois, papai faleceu. Para surpresa de toda a família, mamãe veio a arrumar um namorado, aos 64 anos. Perguntei, cauteloso, a idade do príncipe encantado.

- Sessenta e três.

- Suspirei, aliviado. Se fosse trinta, aí sim, eu ficaria bem preocupado. Nunca se viu casal tão apaixonado. Era um senhor aposentado, de índole calma. Mamãe me contou:

— Sabe, ele está pensando em comprar um carro.
— Mãe, quem é doida por automóvel é você! Convenceu o velho?!
— Não tenho o direito?

Tinha. Juntaram as economias. Vieram para São Paulo. Compraram um bom automóvel usado no sábado de manhã. Pegaram a serra. Na curva, havia óleo na pista. Derraparam de leve. Pararam. Um policial aproximou-se.

— Deixem o carro aí, já vamos ver. Venham para cá, por causa da curva. Mal se afastaram caminhando, outro carro veio voando na curva. Derrapou também. Voou em cima do automóvel. O que sobrou dava para levar em uma sacola. Não tinha seguro. Perda total. Revoltada, mamãe não se conformava:

— Não ficamos mais de uma hora com o carro!

Tentei confortá-la.

— Mamãe, quem sabe seu destino não é ter automóvel.
— Que conversa é essa de destino? Eu não me conformo! E vou ter! Teve. Dali a meses comprou novo veículo em sociedade com o namorado. Eu e meus irmãos demos uma força.  Que felicidade! Subiam a serra só para comer um filé. Só se tornou um pouco ressabiada.
— Ele dirige muito bem — contou, referindo-se ao grisalho.

— Às vezes tenho vontade de pegar a direção, mas não gosto da serra.
Com a proximidade do Dia das Mães, sinto um aperto no coração. Ela partiu há dois anos, doente, e às vezes me dá uma imensa saudade. Sinto também uma sensação de alegria. Mamãe conseguiu seu carro. Felizmente, eu a ajudei a realizar seu sonho!

 Vejamos um pouco sobre o enredo da história.

Através das perguntas e respostas abaixo podemos analisar a história:

a. Quem é o narrador desta história?

Resp.: O menino, filho do casal.

b. No primeiro parágrafo, qual é o acontecimento dá início aos fatos?

Resp.: O pai compra um carro.

c. Depois que o pai compra o carro, há uma ação que dá origem a outra ação diferente no texto, que nova ação é essa?

Resp.: A mãe decide aprender a dirigir, tirar a carteira de motorista.

d. Releia o trecho a seguir: “. O jipe dava solavancos e rodopiava pelas ruas. O instrutor aterrorizado.”, através deste trecho do texto é possível concluir que as aulas iam bem ou mal? A mãe conseguiu aprender a dirigir?

Resp.: É possível concluir que as aulas iam mal, a mãe não conseguia aprender a dirigir.

e.Surpreendentemente, ganhou a carta.” O que o narrador quis dizer com essa frase?

Resp.: O narrador quis dizer que, apesar de todos os problemas na hora de tirar a habilitação ela conseguiu.

f. A história apresenta uma cronologia em seu enredo?

Resp.: Sim, a história apresenta os fatos em ordem cronológica, ou seja, ela tem um começo, meio e fim e podemos perceber porque a história tem início com o narrador ainda criança e depois os fatos mostram que no fim da história ele já é um adulto que ajuda a mãe a realizar seu sonho.

g. Na história há marcadores de tempo, ou seja, palavras ou expressões que mostram que o tempo está passando. Retire do texto os marcadores de tempo que mostram as passagens de tempo.

Resp.: Quando papai comprou, eu era criança, ficou mais de dez anos sem dirigir, mais uma temporada de exílio, tempos depois, no sábado de manhã, dali a meses, com a proximidade do Dia das Mães, há dois anos. (Vejam todas essas palavras e expressões marcam as passagens dos dias e nós podemos perceber o tempo passando no decorrer desta história) 

Adivinhem!!! Agora é com vocês... Leiam atentamente a crônica abaixo e depois respondam as questões de análise e interpretação:

A última crônica, por Fernando Sabino

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês.

O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Texto extraído do livro “A companheira de Viagem”, Editora do Autor – Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.)

Questões

  1. Onde acontece a história?
  2. Qual é o fato principal da história, ou seja, a ação que desencadeia a história?
  3. Qual sentimento o narrador revela sobre a história?
  4. O que ele quis dizer, na sua opinião com o último parágrafo: ‘’ Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.’’?
  5. Ele descreve a cena. Em qual parágrafo ele faz essa descrição?
  6. Quando o narrador usa os termos pretos e negrinha, você acredita que ele está sendo preconceituoso, ou ele apenas usa dos sinônimos para descrever suas personagens? Justifique sua resposta.
  7. No penúltimo parágrafo, quando os olhares do narrador e do pai se cruzam, percebemos que o pai fica com vergonha. Por que ele ficaria com vergonha?
  8. Retire do texto ao menos três marcadores de tempo.
  9. O que você achou desta crônica?
  10. Esta crônica foi pública a primeira vez em 1965, o autor dela faleceu em 2004, você acha que realmente foi sua última crônica? Explique sua resposta.

 Produção textual

Chegou a sua vez! Depois de assistir as vídeo aulas e estudar estes conteúdos, você deverá produzir uma crônica.

Em primeira pessoa e sobre o tema Covid-19 ou sobre o isolamento social.

Boa sorte!! Envie as respostas apenas, não precisa copiar nada! 


Ufaaaaaaaaaaa, agora acabou, prometo ficar 15 dias sem passar lição !!! heheheheehehehe

Dúvidas pelo e-mail: guilherminoatividades@gmail.com / aqui pelo blog no final da página / pelo Zap no grupo da sala. 



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